A empregada doméstica Tatiana Ferreira Lúcio, de 28 anos, atropelada por um ônibus da linha 685 (Méier - Irajá) na quarta-feira (10), junto com dois de seus quatro filhos, teve morte cerebral confirmada nesta sexta (12) pela Secretaria municipal de Saúde. Ela está internada no Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte do Rio, onde havia passado por uma cirurgia de amputação das duas pernas e estava em coma induzido.
"Ele [motorista] é um assassino. Minha filha faleceu deixando quatro filhos", lamentou a mãe da doméstica, Eliete Ferreira, que pretende doar os órgãos. " Vou processar a empresa e o motorista. Ele vai pagar. Deus é justo."
O atropelamento aconteceu quando o motorista perdeu o controle, bateu em um carro estacionado e colidiu com um posto de gasolina na Rua Clarimundo de Melo, perto da igreja de São Jorge, em Quintino Bocaiúva, no Subúrbio, na tarde de quarta. Dois filhos da vítima — um de 3 anos e outro de 6 meses —, além de uma outra mulher, identificada como Ana Paula Pinto, também foram atropelados.
Outra vítima teve alta
O bebê recebeu alta na manhã de quinta (11). O de 3 anos seguia em quadro clínico estável até esta sexta-feira. A quarta vítima quebrou o braço e também teve alta, nesta sexta.
O bebê recebeu alta na manhã de quinta (11). O de 3 anos seguia em quadro clínico estável até esta sexta-feira. A quarta vítima quebrou o braço e também teve alta, nesta sexta.
O motorista do ônibus foi à delegacia prestar depoimento. O ônibus tem 21 multas, 14 delas por avançar o sinal vermelho e três por transitar em alta velocidade. As outras são porque o motorista dirigia falando ao celular, por parar longe da calçada para pegar passageiros e por estacionar em local proibido.
Em nota, a Viação Rubanil lamentou os transtornos resultantes do acidente envolvendo um de seus ônibus nesta tarde, ocorrido no bairro de Quintino Bocaiúva, e informou que está fazendo o acompanhamento e dando assistência às vítimas.
A empresa esclareceu que está apurando as responsabilidades, mas informou que relatos preliminares indicam que o ônibus foi fechado por outro veículo, o que teria provocado o acidente.
A Rio Ônibus informou que a cobrança de passagens por motoristas é uma função prevista em acordo coletivo com a categoria dos rodoviários desde 2003 e reconhecida pelo Ministério do Trabalho. As empresas entendem que não há risco à segurança desde que o profissional permaneça com o veículo parado enquanto faz o troco, o que é uma orientação reiterada pelas gerências de operação de cada empresa e nos treinamentos ministrados.
Ainda segundo eles, o Rio de Janeiro não é um caso isolado. Em inúmeras cidades brasileiras e estrangeiras há profissionais que também fazem a cobrança da passagem. É preciso lembrar que, com a adoção da bilhetagem eletrônica, caiu sensivelmente o uso do dinheiro nos ônibus. Estima-se que 60% das transações dentro do ônibus sejam feitas com meios de pagamento eletrônico.
Fonte: globo.com
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