Apesar de mais uma atuação mediana, a seleção brasileira conseguiu uma importante vitória sobre o México, por 2 a 1, em Torreón, na noite desta terça-feira (11), para ganhar moral na preparação para a ainda longínqua Copa do Mundo de 2014. O Brasil foi salvo pelo talento de três atletas: Jefferson, que pegou um pênalti (quando o jogo já estava 1 a 0), Ronaldinho Gaúcho e Marcelo, que viraram o partida para a seleção quando tudo já parecia perdido, no fim do segundo tempo.
O Brasil, que foi melhor na primeira etapa, principalmente pela boa atuação de Hulk, foi para o intervalo já com um jogador a menos, uma vez que Daniel Alves foi expulso, por reclamação, no pênalti que ele cometeu e que Jefferson pegou. David Luiz, contra, havia aberto o placar. Numa cobrança de falta, Ronaldinho empatou o jogo, encerrando um jejum de longos quatro anos sem balançar as redes com a camisa da seleção. Logo depois, Marcelo fez um golaço e decretou a vitória.
Com menos pressão, Mano vai poder poupar os atletas que jogam em clubes brasileiros no próximo compromisso da seleção, que é contra um adversário em que a vitória é obrigação: o Gabão, que recebe a seleção no dia 11 de novembro. O jogo vai inaugurar o estádio de Libreville, que deverá sediar a final da Copa Africana de Nações do ano que vem. A obra foi bancada pelo governo chinês - assim como o Estádio Nacional de San José, na Costa Rica, que recebeu o Brasil na sexta-feira.
O JOGO - Dentro da política de testes que Mano Menezes tem implantado, desta vez foi a vez de Hulk ter uma chance entre os titulares. Mais importante do que a presença do atacante do Porto foi a sua movimentação. Ele e Neymar revezavam-se caindo pelas pontas e entrando na área adversária.
E foi com a dupla que foi criada a melhor chance do Brasil no primeiro tempo. Neymar carregou a bola pela esquerda, tocou para Hulk, mais centralizado, e este devolveu de calcanhar, deixando o santista na cara do gol. O chute, porém, passou por cima.
Antes, o México já havia aberto o placar. Aos 10 minutos, Barrera fez jogada pela ponta direita e cruzou a meia altura. David Luiz tentou o corte no primeiro pau e mandou para o próprio gol brasileiro.
À medida que o tempo passava e o Brasil buscava o gol, principalmente com o voluntarioso Hulk, o placar se mostrava mais injusto. Mas a coisa poderia ter ficado pior ainda aos 43 minutos, quando o México teve um pênalti para bater. Giovani dos Santos fez o cruzamento, a bola ia nas mãos de Jefferson, mas Daniel Alves estragou tudo empurrando Chichcarito Hernández. Levou o amarelo, reclamou, e recebeu também o cartão vermelho. Na cobrança, Guardado bateu no canto direito baixo e Jefferson fez ótima defesa.
Para corrigir a falta de um lateral, Mano Menezes teve que mexer no time no intervalo. Como Lucas não repetiu a atuação que teve contra a Argentina, que lhe rendeu a titularidade, foi ele o substituído. Adriano entrou, já que Fábio saiu de campo machucado contra a Costa Rica.
Com a vantagem numérica e também no placar, o México decidiu ignorar que tinha um jogador a mais e se fechar na defesa, atacando só no contra-ataque. Sentindo falta de um armador (Ronaldinho fazia sozinho a função), o Brasil pouco criou para Neymar e Hulk tentarem balançar a rede.
Vendo a má atuação da seleção na segunda etapa, Mano Menezes seguia sem mexer no time. Quando decidiu colocar Jonas em campo (no lugar de Hulk), teve que esperar a cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho. E foi salvo pela genialidade do craque brasileiro, que colocou a bola no contrapé de Sánchez e quebrou seu jejum de gols com a camisa da seleção. Pouco antes, Jefferson também havia feito a parte dele, fazendo defesa incrível em cabeceio de Chicharito.
A falta de vontade de buscar o ataque custou caro ao México. Numa jogada individual, Marcelo passou por todo o lado direito da defesa adversária, entrou na área e chutou forte para fazer um golaço e garantir a vaga de titular na equipe.
Fonte: Agência Estado
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