
Sexta-feira passada, em Fortaleza, reuniu-se o Fórum dos governadores do Nordeste para alinhavar uma proposta de reforma tributária que seria encaminhada posteriormente à presidente Dilma Rousseff. De lá mesmo, pelo telefone, o governador Eduardo Campos marcou uma audiência com ela para o início desta semana, a que também estiveram presentes os governadores dos Estados do Norte. Porque sendo ambas as regiões mais pobres do Brasil uma ação articulada poderia ser mais eficaz.
Terça-feira desta semana, os governadores se reuniram na representação do Estado do Ceará, em Brasília e, sob a liderança de Eduardo Campos, Jaques Wagner e Cid Gomes, fizeram três pedidos a Dilma Rousseff que dependem apenas da caneta dela para serem atendidos: reduzir o juro da dívida dos estados, mudar a sistemática de cobrança do ICMS de produtos eletrônicos comprados pela Internet e abrir uma linha de financiamento no BNDES para socorrer os estados que se encontram em crise.
Coube ao governador de Pernambuco fazer a defesa dessas teses com argumentos de quem já foi secretário de fazenda e entende do riscado. Ele disse à presidente que sem depender do Congresso Nacional ela pode corrigir três distorções que afetam a vida dos estados: reduzir o juro da dívida paga por eles de 18,5% para 12,5% (taxa selic), ratear com quem produz e com quem compra o ICMS do comércio eletrônico e criar uma linha de crédito no BNDES para os governos estaduais. Ela topou.
Bolso cheio – A prefeitura de Goiana fez uma dispensa de licitação para negociar diretamente com o Banco do Brasil a administração das contas bancárias do município referente a pessoal, fornecedores “e outras avenças”. Pelo contrato (cinco anos), ela vai receber R$ 2,8 milhões.
Forró junino - Fernando Lyra não deve ir hoje ao sítio Macambira, em Caruaru, para participar do “forró junino” do vice-governador (e seu irmão) João Lyra Neto. Está sob recomendação médica para não fazer esforço físico e se por acaso for à festa vai que apertar centenas de mãos.
Palmares 1 – Garante o prefeito de Água Preta, Eduardo Coutinho, pai do 1º secretário da Alepe, João Fernando Coutinho, que diferentemente do que diz Aluísio Lessa (todos são do PSB), o partido não vai apoiar a reeleição do prefeito de Palmares, José Bartolomeu de Almeida Melo (PDT), o Beto da Usina, “que está podre do ponto de vista político e administrativo”.
Palmares 2- O prefeito de Água Preta, que ficou sozinho no PSB, na Mata Sul, depois que Arraes perdeu a disputa pelo governo estadual para Jarbas Vasconcelos, em 1998, está solidário com a posição do filho, que vai apoiar a candidatura do vice-prefeito João Bezerra (PSB), “um professor correto, ético e nosso aliado de 1ª hora, ao passo que o prefeito é um oportunista”.
O avanço – Houve avanço em Belo Jardim do prefeito licenciado Marcos Coca Cola (DEM) em relação ao seu antecessor, João Mendonça. Antes, o prefeito não admitia de jeito nenhum apoiar a candidatura do desafeto. Agora, pelo menos, já admite sentar à mesa com ele para conversar.
A morte - Gonzaga Patriota registrou na Câmara Federal a morte de Antonio Epaminondas de Barros, o “Antonio Duda”, que abandonou a extinta Arena em 1976 para ser seu companheiro de chapa na disputa pela prefeitura de Salgueiro. Duda morreu no último dia 10 aos 64 anos.
O reduto – Caruaru é o maior reduto do DEM no interior e por isso foi escolhida por Mendonça Filho para sediar o encontro regional de hoje. O partido está praticamente extinto em cidades nas quais já teve muita força como Petrolina, Serra Talhada, Pesqueira, Arcoverde, Santa Cruz do Capibaribe e Garanhuns. Mas resiste bravamente em Belo Jardim e Vitória de Santo Antão.
A queixa – Wellington Landim (PSB), líder do bloco PSB-PT na Assembleia Legislativa do CE, abriu o verbo contra o ministro Fernando Bezerra Coelho porque lhe enviou um ofício há 60 dias pedindo uma audiência e até agora não recebeu resposta. Se ele fosse de PE, disse, a audiência já tinha sido marcada.
Que prazer – Por encontrar-se doente, Teotônio Vilela Filho (AL) foi o único governador do Nordeste que não participou 4ª no DF da reunião com Dilma Rousseff. Ele mandou o vice, José Thomaz Nonô (DEM), que não conhecia pessoalmente a presidente e ficou encantado com o tratamento que recebeu dela.
Fonte: Inaldo Sampaio
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